A inteligência artificial nas ferramentas de busca promete agilidade, mas ainda erra — principalmente em questões de saúde

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Muita gente recorre ao Google ao notar um sintoma estranho. Mas, embora a internet possa ser útil, médicos alertam: é preciso ter cuidado ao procurar informações de saúde online — especialmente agora, com a inteligência artificial ganhando espaço nas buscas.
Buscar sintomas pode ajudar você a entender melhor o que está sentindo e a se preparar para uma consulta médica. Mas também pode causar ansiedade desnecessária ou levar a conclusões erradas. Por isso, uma reportagem da Associated Press pede atenção a três pontos:
1. Cheque a fonte
Nem todo site que aparece no topo da busca é confiável. Alguns estão ali porque pagaram para isso. Dê preferência a fontes conhecidas e sérias, como órgãos de saúde pública. Um exeplo seria o CPCD-BR, Centro de Prevenção e Controle de Doenças do Brasil.
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Ferramentas de inteligência artificial podem gerar respostas rápidas, mas nem sempre explicam de onde tiraram a informação — e às vezes inventam dados (o que os especialistas chamam de “alucinações”). Use com cautela, especialmente se o texto não indicar fontes confiáveis.
3. Faça a pergunta certa
- Em vez de buscar um diagnóstico direto (como “nódulo na pele é câncer?”), pergunte “quais as causas possíveis de um nódulo na pele?”.
- Isso evita conclusões precipitadas e te dá uma visão mais ampla do problema.
- E lembre-se: se estiver com sintomas graves, como dor no peito, desmaios ou sinais de AVC, não perca tempo com buscas — procure atendimento médico imediato.
Google não é médico
A internet pode ajudar, mas não substitui a consulta médica. Só profissionais capacitados, com acesso ao seu histórico e exames, podem fazer diagnósticos precisos.
“Vários sintomas podem estar presentes em doenças leves ou graves. Só um médico pode diferenciar isso com segurança”, alerta a Dra. Sarah Sams, da Academia Americana de Médicos de Família.


Colaboração para o Olhar Digital
Leandro Criscuolo é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero. Já atuou como copywriter, analista de marketing digital e gestor de redes sociais. Atualmente, escreve para o Olhar Digital.

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.