Mais de 40 milhões de crianças no Brasil estão expostas a riscos climáticos, e os impactos da crise têm se mostrado cada vez mais graves. Em 2024, 1,17 milhão de estudantes foram afetados por enchentes e secas, enquanto 88% das doenças relacionadas ao clima atingem crianças com menos de cinco anos. Além disso, 64% das escolas nas capitais brasileiras estão localizadas em áreas classificadas como ilhas de calor, aumentando ainda mais a vulnerabilidade dessa população.
Esses dados estão presentes no guia “Os direitos das crianças e dos adolescentes na pauta climática”, lançado em 14 de abril pela ANDI – Comunicação e Direitos. A publicação é direcionada a jornalistas, comunicadores e criadores de conteúdo, com o objetivo de apoiar uma cobertura jornalística que integre os direitos de crianças e adolescentes à pauta climática.
O guia destaca que crianças e adolescentes são particularmente vulneráveis aos impactos das mudanças climáticas devido ao estágio de desenvolvimento físico e mental, tornando-os mais suscetíveis a eventos extremos, insegurança alimentar e deslocamentos forçados. Apesar disso, essa população nem sempre é contemplada nos debates internacionais sobre o tema.
A publicação aborda a importância de incluir a perspectiva de crianças e adolescentes nas negociações climáticas, ressaltando a necessidade de políticas públicas que considerem as especificidades dessa faixa etária. Além disso, o guia oferece ferramentas para jornalistas, como sugestões de pautas, fontes especializadas e dados atualizados, visando uma cobertura mais abrangente e informada.
O lançamento do guia ocorre em um contexto relevante: o Brasil sediará a COP 30, em Belém, no final de 2025. Confira a publicação gratuitamente neste link.