Estudo mostra que apenas 45 minutos de atividade artística já diminuem os níveis de cortisol em 75% das pessoas
Criar arte, mesmo sem ter um grande talento natural, pode fazer bem para o corpo e a mente. Um estudo recente analisou o impacto da atividade artística nos níveis de estresse e descobriu que dedicar apenas 45 minutos à criação artística pode reduzir significativamente o cortisol, conhecido como o “hormônio do estresse”.
- O experimento foi feito com 39 adultos, de 18 a 59 anos, que participaram de uma sessão criativa livre.
- Eles puderam escolher qualquer forma de expressão — desenho, pintura, colagem ou escultura com massa de modelar — e não precisavam ter experiência prévia com arte.
- Cerca de 75% dos participantes apresentaram queda nos níveis de cortisol após a atividade, o que indica relaxamento e redução do estresse;
- A pesquisa foi publicada na revista Art Therapy.
Além dos dados fisiológicos, os relatos pessoais reforçaram os efeitos positivos. Muitos disseram se sentir mais calmos, com menos ansiedade e uma visão mais leve sobre suas preocupações. Um deles comentou que, depois da experiência, conseguiu “se obcecar menos com as coisas que ainda precisava fazer”.
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Arte como autocuidado
Para a pesquisadora Girija Kaimal, especialista em arteterapia, o resultado mostra que a arte é uma ferramenta acessível de autocuidado.
Não se trata de criar algo bonito, mas de se permitir um momento de expressão e pausa. Segundo ela, qualquer pessoa pode se beneficiar, mesmo que nunca tenha feito nada artístico antes.
Portanto, se você tem algum tempo livre e qualquer material à mão — papel, tinta, lápis ou até sucata — vale a pena tentar. Criar arte pode ser um ato simples, mas poderoso, para aliviar a tensão e melhorar o bem-estar no dia a dia.


Colaboração para o Olhar Digital
Leandro Criscuolo é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero. Já atuou como copywriter, analista de marketing digital e gestor de redes sociais. Atualmente, escreve para o Olhar Digital.
Lucas Soares é jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e atualmente é editor de ciência e espaço do Olhar Digital.