A World, empresa cofundada por Sam Altman, CEO da OpenAI, implementará scanners de íris em mais de 50 partidas da Copa Sul-Americana, torneio de futebol que conta com a participação de diversos clubes brasileiros, como parte de uma estratégia para verificar a identidade dos torcedores que toparem o registro em troca de alguns benefícios.
A ação vem após a empresa fechar o patrocínio do torneio junto à Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol). O acordo, que não teve valores revelados, vale já para a edição atual e para a próxima, de 2026.
A World utilizará sua câmera de verificação chamada Orb, que escaneia a íris dos usuários para garantir que são humanos reais. Mas a empresa não irá mais remunerar os usuários com a criptomoeda WLD, como chegou a acontecer no Brasil até recentemente.
Os torcedores que passarem pela verificação terão, no lugar disso, acesso a experiências como sorteios de ingressos, encontros com jogadores e “momentos ao vivo com o troféu” da competição.
Além da ativação nos estádios, a marca World estará presente em painéis publicitários, canais digitais da Conmebol e aparecerá nas telas de decisões do VAR.
A Copa Sul-Americana 2025 começou em abril, com a fase de grupos, e está prevista para terminar em jogo único marcado para o dia 22 de novembro em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia.
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Apesar da nova ofensiva na América do Sul, a empresa enfrenta restrições no Brasil. Em fevereiro, a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) manteve a suspensão da oferta de incentivos financeiros para a coleta de dados biométricos, obrigando a World a pausar seus serviços de verificação no país. A ANPD proibiu o pagamento em criptomoeda Worldcoin (WLD) como compensação pela leitura da íris.
Na ocasião, a empresa afirmou que estava “voluntariamente e temporariamente pausando o serviço de verificações” para garantir conformidade com a legislação brasileira.
A World é uma marca da Tools of Humanity, empresa fundada por Altman, Alex Blania e Max Novendstern em 2019. O objetivo do projeto é criar uma infraestrutura global de identidade digital descentralizada, para diferenciar humanos de inteligências artificiais.