“Mais de 60% do elenco profissional precisa ser formado aqui. Não é só sobre futebol. É sobre formar pessoas que representem nossos valores”, afirmou Luki Iriarte, diretor de futebol educacional do Real Sociedad.
O resultado está em campo: o clube não conta à toa em seu histórico com a passagem de talentos como Griezmann, Isak, Illarramendi e Willian José (hoje no Bahia), como também forma líderes — jogadores e treinadores que sabem o que é vestir a camisa do clube antes de entrar em campo ou comandá-lo do banco.
“É ser capaz de educar pessoas muito além de futebolistas”, disse Iriarte, com firmeza.
O mesmo vimos em Pamplona, no Osasuna. Um clube com estádio premiado internacionalmente — o El Sadar foi eleito o melhor do mundo em 2021 -, famoso por sua acústica que proporciona o gol com maior número de decibéis da La Liga, marcado justamente por Juanfran, lateral espanhol que já vestiu as cores do São Paulo. Um atacante do elenco atual do Tricolor, o argentino Calleri, também já vestiu as cores do Osasuna e é lembrado aqui pelos tempos na Espanha.

Na Osasuna, conhecemos Ángel Alcalde, diretor da Academia, como é chamado o centro de formação. Em vez de falar de contratações milionárias, ele fala de metodologia, de continuidade, de criar uma cultura de clube. Porém, mais do que estrutura, há energia de sobra para essa formação de pessoas. Patxi Puñal, ídolo do clube, hoje é embaixador e reforça essa cultura. “Fazer parte do Osasuna é viver por ele. O clube é o coração de Pamplona.”, disse.