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Deputado que atacou Lula e Gleisi pode ser punido por copiar Bolsonaro

Desconhecido da maioria que usa garfo e faca, Gilvan da Federal consegue minutos de fama ajudando a espalhar esse tipo de ódio. Todos copiam o comportamento do “mito”, com xingamentos e ataques agressivos. O objetivo é aparecer na mídia e produzir material para as redes sociais bolsonaristas.

Os deputados federais Eder Mauro e Abílio Brunini, ambos do PL, disputaram o segundo turno em Belém e Cuiabá, respectivamente, após terem seguido o exemplo de de Jair Bolsonaro que, quando deputado, usou o grotesco e o surreal para se promover.

Em Belém, Mauro acabou perdendo no segundo turno para Igor Normando (MDB), candidato do governador Helder Barbalho. Mas, em Cuiabá, Brunini venceu Lúdio (PT) e foi eleito.

Ambos foram figuras sempre presentes na mídia por criarem confusões em Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI), em reuniões ordinárias de comissões regulares e outros encontros transmitidos pela TV ou pela internet. Conseguiram com suas intervenções criar indignação em representantes da esquerda e irritação até entre colegas da direita. Viralizaram nas redes.

Da mesma forma que Gilvan da Federal apelou à misoginia mais tosca, o então deputado Bolsonaro capturou os holofotes ao dizer que a deputada Maria do Rosário (PT-RS) seria tão feia que não mereceria ser estuprada.

Entre a parcela da sociedade que defende o respeito aos direitos humanos, as declarações são repudiadas. Contudo, em outra, o que importa é estar evidência, ser famoso, ser conhecido, mesmo que famoso e conhecido por ações questionáveis. E, uma vez nos holofotes da mídia, o seu discurso acaba conseguindo votos entre aqueles que se conectam aos preconceitos, medos e anseios que promovem.