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Como assistir peças de teatro em São Paulo sem pagar – 06/05/2025 – Mise-en-scène

A capital paulista é um palco aberto com diversas peças gratuitas em espaços culturais, centros públicos e até nas ruas. Do teatro tradicional a experimentações contemporâneas, sempre há opções acessíveis para quem quer curtir arte sem gastar nada.

Fique sempre de olho em programas como Sesc, Centro Cultural São Paulo, Theatro Municipal, CEUs e projetos independentes – muitos com ingressos gratuitos ou por contribuição consciente. O teatro é para todos, e a cultura não tem preço. Veja a seguir algumas montagens em cartaz de terça-feira (6) até domingo (11).

A Falecida

Direção: Sérgio Módena

Camila Morgado é Zulmira na obra-prima “A Falecida”, de Nelson Rodrigues, sob direção de Sérgio Módena. Uma mulher que planeja seu próprio velório luxuoso, em um misto de comédia ácida e tragédia. A atriz brilha nesta sátira mordaz sobre vaidade e hipocrisia, com a habilidade de Módena em equilibrar humor e escuridão. Nelson Rodrigues em seu melhor – irreverente, cruel e genial.

Caixa Cultural São Paulo – praça da Sé, 111, Centro Histórico. De 6 a 11 de maio. Terça à sexta, 19h. Gratuito | Retirada na bilheteria com 1 hora de antecedência

Nas Ondas do Rádio

Direção: Sebastião Apolonio e Roberto Taty

“Nas Ondas do Rádio” é o novo espetáculo dos moradores do Palacete dos Artistas, um prédio residencial mantido pela Cohab-SP destinado a acolher profissionais das artes, aposentados que passam por dificuldades financeiras ou não possuem moradias. A peça homenageia os anos dourados da rádio no Brasil, destacando a programação da icônica Rádio Nacional e o Teatro de Revista. Haverá apresentações em três locais na capital, sempre com entrada gratuita.

Teatro Cacilda Becker – rua Tito, 295, Lapa, região oeste. De 8 a 18/5, quinta a sábado, 20h30, domingo, 19h. Gratuito | Retirada na bilheteria com 1 hora de antecedência

Umbigo do Infinito

Direção: Yuri Fidelis

O Coletivo Truvação apresenta seu teatro de rua pela primeira vez em São Paulo. Em “Umbigo do Infinito” uma moça procura ajuda: qualquer truque para enfrentar uma doença misteriosa. Sente sintomas nunca antes sentidos, tem a sensação de estar acompanhada mesmo estando sozinha. Em sua busca por algum alívio das dores, alguma trégua nas tonturas, alguma esperança de cura, ela se depara com estranhas criaturas, todas de olhos voltados para isso e responsáveis pelo inchaço de seu umbigo.

Praça Roosevelt – sexta (9), às 19h; rua Dom José de Barros (ao lado da Galeria Olido) – sábado (10), às 19h; Minhocão (espaço 4) – domingo (11), 18h

Mirar: Quando os Olhos Se Levantam

Direção: Jé Oliveira

Quatro caminhantes percorrem lugares e histórias da América Latina em uma espécie de busca-viagem por pertencimento “Mirar: Quando os Olhos Se Levantam”. O espetáculo lança mão de expedientes contemporâneos para revelar o lastro da colonização, celebrar a potência da diversidade dos povos, e refletir aspectos contraditórios do nosso continente para mirar além das fronteiras. Ao longo deste semestre a peça percorre todas as regiões da cidade.

Teatro Alfredo Mesquita – avenida Santos Dumont, 1.770, Santana, região norte. De 9 a 11 de maio, sexta e sábado, 20h, domingo, 19h. Gratuito | Retirada na bilheteria com 1 hora de antecedência

Ana Marginal – Um Navio Ancorado no Espaço

Direção: Nelson Baskerville

“Ana Marginal” é um espetáculo que mergulha na vida e na obra da poeta Ana Cristina Cesar, ícone da geração marginal dos anos 1970. Com um elenco formado por Bruna Brignol, Carol Gierwiatowski e Nataly Cavalcanti, sob a direção de Nelson Baskerville, a peça explora a força poética e a inquietação existencial de Ana C., trazendo sua escrita confessional e fragmentada para o palco de forma intensa.

Teatro Paulo Eiró – avenida Adolfo Pinheiro, 765, Santo Amaro, região sul. De 9 a 11/5, sexta e sábado, 21h, domingo, 19h. Gratuito | Retirada na bilheteria com 1 hora de antecedência

Cavalo Bravo Não Se Amansa

Direção: Marcelo Soler

Em uma encruzilhada, expandida para um jardim comunitário, um estacionamento e um viaduto, abre-se uma fresta na cidade para resgatar a memória de José Miranda Rosa, o Mineirinho. Ele foi um “fora-da-lei” acusado de vários crimes, como assalto à mão armada, e ficou conhecido pelo morro da Mangueira como uma espécie de “Robin Hood brasileiro”. A história é resgatada pela Cia. Teatro Documentário, com dramaturgia de Marcelo Soler e Éder Lopes.

Viaduto Júlio Mesquita Filho (entre rua Major Diogo e Prof. Laerte Ramos de Carvalho), Bela Vista, região central. Até 18 de maio. Sábado, 16h30 e domingo, 11h. Gratuito | Mediante reserva de ingressos na Sympla. É recomendado chegar com 30 minutos de antecedência ao local. Em caso de chuva, não haverá apresentação

Labirinto Ruído – Uma quase jornada de um meio herói

Direção: Ronaldo Adriano

“Labirinto Ruído”, com dramaturgia de Ana Flávia Garcia, explora memórias do elenco a partir de objetos pessoais, mesclando realidade e ficção. A peça aborda temas como sexualidade, traumas e relações de gênero, além de criticar o desenvolvimento desordenado da Amazônia, exemplificado por cidades como Alta Floresta, atraídas por promessas de prosperidade.

Teatro Arthur Azevedo – avenida Paes de Barros, 955, Alto da Mooca, região leste. De 9 a 11/5, sexta e sábado, 20h, domingo, 18h. Gratuito | ingressos retirados na bilheteria ou através da Sympla