Você já deve ter escutado que a amazônia é o pulmão do mundo. Essa frase ficou famosa, mas será que é verdadeira?
Cientistas explicam que a ideia não é correta. A floresta amazônica realmente produz oxigênio por meio da fotossíntese, um processo em que as plantas usam a luz do sol para transformar gás carbônico em energia e liberar oxigênio.
No entanto, o que muita gente não sabe é que a maior parte desse oxigênio é usada pela própria floresta. Isso acontece porque as árvores e os micro-organismos do solo respiram e consomem o oxigênio gerado. Ou seja, quase nada sobra para a atmosfera.
Além disso, a comparação com os pulmões humanos não faz sentido: nossos pulmões absorvem oxigênio e liberam gás carbônico, enquanto a floresta faz o contrário.
Quem realmente merece o título de pulmão do mundo são os oceanos. Eles abrigam seres microscópicos chamados fitoplânctons, que produzem mais da metade do oxigênio do planeta. Essas algas marinhas fazem fotossíntese e liberam oxigênio em excesso, o que beneficia diretamente a atmosfera.
Mesmo assim, isso não significa que a amazônia não seja importante. Muito pelo contrário: ela ajuda a equilibrar o clima, armazena grandes quantidades de carbono e influencia o regime de chuvas em várias regiões do Brasil e da América do Sul.
A floresta funciona como um ar-condicionado natural da Terra e abriga uma biodiversidade única. Ela também é responsável pelos chamados “rios voadores”, correntes de vapor d’água que saem da floresta e viajam pelo céu, levando umidade para outras regiões.
Sem a amazônia, o clima seria mais seco, o calor mais intenso e as estações das chuvas ficariam desreguladas. Por isso, mesmo que não forneça o oxigênio que se imaginava, a floresta tem papel fundamental na saúde do planeta.
É por meio da ciência que se descobre o que realmente acontece na natureza, desvendando mitos e valorizando ainda mais a importância de proteger o meio ambiente. Afinal, cuidar da floresta é também cuidar da vida.
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