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Petróleo mais barato abre margem para queda do preço de combustíveis

Por outro lado, petróleo neste nível é péssimo para a Petrobras – que exporta metade da produção, segundo Adriano Pires. “A Petrobras perde receita em dólar. É ruim para União, estados e municípios, que têm redução de royalties”.

Pedro Rodrigues, também diretor do CBIE, explica que os países da Opep+ têm custo de produção muito baixo.

O ‘lifting cost’ é de no máximo US$ 1 por barril. Nos Estados Unidos e Brasil, o custo é muito maior. No Brasil, por exemplo, a exploração do barril é em águas ultra-profundas, apesar da expertise e avanço tecnológico da Petrobras terem reduzido o custo, mas não se compara à Arábia Saudita. Pedro Rodrigues, diretor do CBIE

Pedro reitera que, abaixo de US$ 60, os árabes inviabilizam a operação de determinadas bacias de gás de xisto nos Estados Unidos.

Quando países aumentam produção para derrubar preço, diminuem também a oferta no futuro. Se o petróleo andar a US$100 sempre, novas bacias e fronteiras são descobertas. O conceito de reserva de petróleo não é fisico, é econômico. Quanto mais alto o preço do petróleo, mais reservas entram em operação e árabes perdem ‘market share’ (fatia de mercado). O aumento de produção de petróleo americano tira ‘market share’ do petróleo árabe. Pedro Rodrigues, diretor do CBIE

Fato é que, com o receio de aumento de inflação nos Estados Unidos, o presidente Trump vem tentando reduzir o custo da energia dinamizando a indústria do petróleo com seu “drill, baby drill”. A política de reduzir preço de energia dá uma mãozinha a Trump em um primeiro momento que, aliás, tem viagem marcada para a Arábia Saudita. Mas, num segundo momento, inviabiliza o gás de xisto americano.